São Paulo: centro.

Era dia de lua cheia.
a cidade corria, as mesmas pressas.
despertara a
corrida:
Trabalhadores, desistentes, e os que gritam:

Em nome da terra
que girava,
mostrava se inverso. Inadimísssivel:

-Jesus tem que levar vocês todos ao inferno. Vermes.

Clareou a algumas horas
a lua só se anunciara
criando a expectativa.
Permaneceu entre
amantes, e outros em delírio.

ouvi-a, querendo
admitir
Seu desencanto
com os vermes.

-Andei ao lado
escuto em tom
alto e esclarecedor,

Não rebati.

Isso fora antes do poema,
seguida da profecia.
quando ouvi
do sopro,
as pernas cruzadas
óculos escuros
e o chapelaço:

- Amigo, que horas são por favor?

Rebaixei a cabeça ao livro,
acusando não ter horas.
Não tinha.

A mulher com os dedos
no celular
sentará ao meu lado.

Claro que o acaso
a colocou,
não ofereci perigo.

assistia, do chão
animava-me
quando
o ritmo era ele quem escolhia.

As pessoas passam
em compasso,
aproveitando a acústica
dos prédios
e o banco de São Paulo.


Revirei os bolsos,
Vou embora,
sem pode agradecer,

Fizera amizade com dois fumantes
que me ofereceram
parar de fumar amanhã.

Vesti o casaco,
teria vindo aqui
por engano,
do saxofonista,
dos garis.

apreciava,
sem dar conta
de que tinha receio.

receava durante
toda a vida.
ainda assim parecia viver.


Alertei-me do onibús
ao fechar o livro
o personagem da travessia
falava alguma coisa para a camera
do pedestre.

resolvia ir embora,
uma vez a cada, seis vezes,

Por alguns intantes,
enquanto estive ali,
vi um corredor guiado por música.



Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Lúdico sábado de devaneios

Sobrou da morte

Baile: Enquanto engano e representação