Hoje

Encostei-me, beirei o rosto ao mar
Propus ao céu encinzentado, o meu silêncio
acoplaria a imagem que via a um nada:
Sol, depois mar, antes o cinzar exposto.

Aproximava o curto espasmos em reflexão,
estava alvo dos descasos, quebradiço a maresia o tempo havia oxidado-me.

Depois do cigarro, respirava com menos oxigênio,
mirando o som do quebrar das ondas
uma, depois outra e estavam todas quebrando, carregavam em suas medidas, o alicerce da minha espinha, que curvava ao bater. Algo que não calculei, desesperei. Alcei o violão para a roda, engajei: Desistência do momento. Sem ter o que abandonar, percebo o Vazio, Brincar de mar e sol, assoviava ao resquício da alma, que se apresentava às lagrimas...
Fluído carismático, volúvel, escolhia e permanecia na consciência de um estado, e quando mutável eram só suspiros.

Ontem

O dom de ter a vida, era moldurar de todos os cantos e encantos,
Com voz e depois silêncio,
A pintura estava lá, sem luz,ou de repente em cores.
Os corpos entorpecem, a fadiga indica ao vazio a dor do músculo, que espalharia distrações, enquanto o cambaleio do palco arrastava a fortuna, íamos às margens, corremos aos extremos, dopados pela realidade,
Extirpado de moralismo, escondíamos os vazios por de traz de bons rostos, e gestos corruptos. Acertamos todos os julgamentos em valores apaixonados... seguíamos em mundo real, enquanto o espaço entre vermes cedia, provocávamos outro fluxo: Propusemos outra cena.
Perambulando pelos avessos social, ouvi a descrença como outra crendice.

Entre os dias

Cuspíamos nossa confiança, por sermos nós, imitávamos sem semelhanças
sonhávamos enquanto as ondas ainda quebrariam, em sustos ou ecstasy, Juntos. O amar era peculiar a cada individuo, ao descompromisso com o que chamam de reta, ou certo.
O tempo que pregava pontos ao aparente, registra a soma dos descontentes em escalas que inexistem... Partíamos a força do descompromisso, desarmando o submisso: lutávamos, por que o sangue fervia junto dos incrédulo... TREMÍAMOS.
Surgiram os nomes aos bandos, necessidade ou separação, a identidade sofre por carecer de existência, ocorre desde o início, Um sofrimento em escalas ou o contexto inalcançável da percepção, o Nascimento desmente um inicio por consequência da causalidade anterior.

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