Finalizando Eclipse
I- Lembrava-me bem de quando do embranquecer
transformou o imóvel
e ouvindo
o
ranger das voltas
Estava apenas jogando pedras ao rio
queria ver os saltos:
Os rasantes sobre
Águas embalsamadas
bons soros
para o instante entre o primeiro toque
o
elo entre a tríade
e o mergulho, até que fuja da vista.
Como fora antes
deste brando:
Incessante
enquanto perdura.
Como se fossem toneladas.
II - Conteve todas injúrias
esquecendo o propósito
como se propusesse a si
carregar-se até que inflame.
Estou convidado
aos encontros
sem nossos olhares
e recomponho-me
até que eu possa despertar em um ambiente,
refém de definições e percepções
Aliás, o que trouxe força aos teus olhos
fora o otimismo que traziam. Junto de longas
conversas.
Pequenas confissões...
discussões sobre a crueldade
e pretenciosismo de inserir um ser aos
viveiros da atualidade
lembro-me do ímpeto e coragem.
De depositar à educação
a revolução.
Da vitalidade de quem pode agir.
Dos símbolos
Compreendia-
se por debaixo das escolhas e ações...
A primeira noite fora o silêncio a lupa para com
os olhos.
o Cheiro e o toque
represados
instigam lembranças
que agora sem esperança, pois não se deve
esperar,
ficará aos limites da infini-tude da compreensão
e carinho,
A Dança que compúnhamos
Ficará ao som das quedas, daquelas cachoeiras
que mergulhávamos.
O que se veda
será o que há a priori,
o que me importará
não se suportará em expectativas...
fluirá como o instante de um sorriso,
de velhos amigos, desmotivados.
III- O nevoeiro
Fora descoberto em algumas tardes de sol.
E aquele mal tempo
Fora equacionado
às forças que um ser
pode impulsionar
a sua comunidade.
Mesmo que só em dois mil e vinte e um
sob o mesmo cenário
da névoa arremessada
do nada.
poderemos unir intuições
revelar os passos que encontramos nos palcos.
E
Sobre aquelas confissões
que só o fluir
deixava-as acontecer.
tão verdadeiras quanto a névoa
que com a manhã de pássaros acomodados
deixava de ser visível. Fora do nada, ao nada.
Por aqui sempre fora assim.
Passou.
Diríamos que mudamos o mundo
e o ideal existe
mas com um desapego que só a alma
entende.
III- A pedra com mais um sobressalto
trouxe impressão de que ninguém veria
aquele ultimo passo
antes afundar até o solo do rio.
E com um pulso de comemoração, anotou em um de
seus cadernos:
Sejamos Solidário com o que não compreendemos,
ao menos
factuais com as palavras
e convites
ambientados.
com o rosto voltando ao ponto onde a pedra afundou
sorriu
Por não compreender o que escrevia. Logo
entenderia...
jogaria outras pedras,
até que as fizessem reco memorar o feito
E que transgredissem durante a proposta dos
versos.
IV- Contava todos os instantes
Em que permaneceu submersa
Por três vezes e uma última.
Molhou-se com os passos.
E Continham sofrimento do ato de
arremessar para que pudessem ver afundar. E passei tardes escrevendo sobre
saltos e sopros, soros e corpos.
Cada vez que podia superar-me no jogo de pedras,
fazendo salta-la mais vezes afundava com o primeiro
toque.
Porem finalmente o mergulho
Dividiu o passado revelado
E o que precisava para viver consigo.
E o que perdia
era por que nunca teve
e o que seria? Viver!
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