o grito do nada


 

Ministro das alusões
Cessou o respirar; tão desvairado
não queria ser!
Não devo ser só mais um grito?
 
Somente mais este grito!
Um estresse contido numa lágrima,
paz que persegue
soube decifrar um nada...
Pois o era, e cansou de ser! Era. Ser; era seria, era ser; será?
continua deformação, e nada, sobra a morte ao dono de si.
Preso em uma rocha, escondida no canto dos olhos.
As casas eram lonas no meio fio.
Esta não vai pro acervo, pois desisto hoje de ser;
E não penso sobre o que será...
quem via as palavras ganhar alma flutuando sobre o vazio, da inocência para consciência experiente: pós-Discernimento.

Inexplicável o esquecimento dos artigos, o sapato que não levo a sapateira, do sal que não levo a dispensa, o pronome que samba descompassado com a concordância,
a louça que ao lavará sempre esquecia a faca.
Do descuido da alma que está inerte ao silêncio de repetições;
Pois então, ecoa! Com uma ilusão.... alusão ao ser. Mas não sou, não hoje.
Talvez nossa tendencia seja para o prazer
talvez não sejamos sofrimento.
Dentro dessa rocha, imersa ao infinito... o prazer e o sofrimento não são nada.
Não penso em Deus, como solução, neste instante já sou a morte, e o único segredo é porque tudo tornou estático, sem cor, ou som,
sintonizado sobre o eco do vazio.
 
Dai surge o meteoro! junto do nascer do sol.
a nova estação, as flores e os frutos.
os pássaros traçando páginas abertas no céu
e a imaginação, a sensação , e o coração interagindo...
 
Entonando o tudo,
sendo o nada.

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