Tardes de sé; Missa acidentadamente
I - As tardes na sé,
Quanta gente?
Que imundice!
desvirtuosismo!
Que imundice?
Desvirtuou-se?
Qualquer cena, trariam curiosos
uma multidão, em cada discussão,
Insistiam
em desfazer a beleza
dando nome pras tuas angustias
Era revolta!
Volta de dentro
para a fúria
Das entonações e acusações!
Era o poder dos mensageiros
a palavra abençoada pela maldição, da raça!
Os sinos tocam as 18 horas, e toda arquitetura projetada há 500 anos
Reascendem lentamente, com o badalar.
...
"O que trabalhou á passeio,
com quinar e sonhos,
Fotografava."
II - Da praça,
A mulher nua, Trouxe o corpo em coral.
A Praça pregando aos pregadores, disse:
- Meu solo
é vosso respirar,
nosso riso
é indício de primavera.
O homem que gritava com o paletó ensalivando a cada fraseado rememorado, e fundia as pessoas com os demônio durante todas as manhãs, tardes, por vezes, dormia ali mesmo, pra ser o primeiro a dar-lhe nomes. Quando a ouviu, cerrou os olhos, desacreditou do ser e da voz; calou:
- Esta praça, fora feita para nós, dentro do mundo que já existia!
E quando a mulher viu que ele refletia:
- Conhece o silêncio?
O homem que não pensou sobre, confundiu os assuntos com a morte, e sorriu:
- DEMÔNIO, DEMÔNIO, queres me dominar... vejam...
esta mulher, esta possuída...
Perdia as palavras, tentando provar a relação das cores, o palavrório.
As vozes, afunilam-se:
A mulher e a praça dialogam, sem que reconhecemos o sujeito...
Ao círculo, ganhou raio: os curiosos, informantes, comerciantes, miseráveis e os justiceiros.
Fora um estrondo, o homem subiu no marco zero, lisonjeado com a multidão...
- Tua heresia, jamais será perdoada por Jesus Cristo.
Os outros que gritavam, corriam em fila, aquele aquele:
- Aquele! Satanás.
perseguiam barulho!
Os cães ladravam, As árvores soavam os intervalos do badalar.
- Conhecem-se quando tristes? ou Alegres? Conhecem a palavra?
O homem, Ganchando, aproveitou e abriu a biblia, os cães cercaram-o;
latindo, com os olhos nos olhos do pregador.
III - Assembleia
Os Palhaços, entram no cenario:
Um incrivelmente triste, outro afoitamente alegre.
Correm envolto do setenciado, tropeçam;
Riem, e choram.
Simutaneamente:
Com a feição de tristeza
pareciam deboche,
ou insanidade.
O que chorava
com excesso de
alegria...
Os homens e os cães silenciavam, e criavam alvoroço a cada tropeço...
Ora levantavam rindo, outra corriam com os cães.
E por fim apontaram ... e o cão tomou da mão do homem, com os olhos desesperados:
Enfurecido, em nome de jesus,
Pernada, bica, com os punhos fechados e olhos feichando... girava os braços e pulava;
- O Dia do Juízo final víra para todos!
O juíz, que todas as noites. Alimentava a embriaguez.
- Desculpe, meu senhor!
Poderia informar-me quando será o dia do Senhor?
O palhaço triste ergueu a placa:
- "Pra que?'
- Sou Juíz, preciso estar alerta.
O outro palhaço, ameaçou qualquer fala, engasgou... tornou a placa
"pra que"?
- Sou autoridade nesta praça.
- desculpe senhor isto não é uma assembleia.
- Senhor, o que é uma assembleia?
- Mas e a voz da praça?
- Tu deves ter enlouquecido. Responde com outra questão?
O poeta largou sua camera.
- Então não fora só eu que ouvi a voz da praça?
Era óbvio e pouco rispido, como quem torna a realidade;
ergueram outra placa:
" pode crer! "
- A moça és uma artista.
- E tu contempl-a//dor//a-mente.
Separou com a entonação, todos os sentidos.
- Eu contemplador?
O juiz desatou a rir... e a multidão riu!
- é preposição tua falta de enredo? perguntou o poeta, refugando tuas questões.
o Juiz olhou ao redor, buscando fins pra suas respostas.
Roubou o olhar de alguns, que propunham toda sua desordem
- Quero que venham comigo,
o discípulo de jesus,
por desrespeito a arte.
Esta mulher, por andar nua.
E o senhor por desacato.
A multidão começava a dispersar,
o vento arrastava o cheiro de terra molhada,
o poeta convida a moça para atuar em um manifesto:
- temos que aprender mais sobre as leis, para acatar ordens!
O Juiz ergueu os olhos, com a sombrancelha:
- Quero que venham comigo!
o discipulo de jesus,
por desrespeito a arte.
Esta mulher, por andar nua.
E o senhor por desacato.
e repetiu a frase até que o setenciado despertasse e juntasse à dar voz a tuas causas.
Quanta gente?
Que imundice!
desvirtuosismo!
Que imundice?
Desvirtuou-se?
Qualquer cena, trariam curiosos
uma multidão, em cada discussão,
Insistiam
em desfazer a beleza
dando nome pras tuas angustias
Era revolta!
Volta de dentro
para a fúria
Das entonações e acusações!
Era o poder dos mensageiros
a palavra abençoada pela maldição, da raça!
Os sinos tocam as 18 horas, e toda arquitetura projetada há 500 anos
Reascendem lentamente, com o badalar.
...
"O que trabalhou á passeio,
com quinar e sonhos,
Fotografava."
II - Da praça,
A mulher nua, Trouxe o corpo em coral.
A Praça pregando aos pregadores, disse:
- Meu solo
é vosso respirar,
nosso riso
é indício de primavera.
O homem que gritava com o paletó ensalivando a cada fraseado rememorado, e fundia as pessoas com os demônio durante todas as manhãs, tardes, por vezes, dormia ali mesmo, pra ser o primeiro a dar-lhe nomes. Quando a ouviu, cerrou os olhos, desacreditou do ser e da voz; calou:
- Esta praça, fora feita para nós, dentro do mundo que já existia!
E quando a mulher viu que ele refletia:
- Conhece o silêncio?
O homem que não pensou sobre, confundiu os assuntos com a morte, e sorriu:
- DEMÔNIO, DEMÔNIO, queres me dominar... vejam...
esta mulher, esta possuída...
Perdia as palavras, tentando provar a relação das cores, o palavrório.
As vozes, afunilam-se:
A mulher e a praça dialogam, sem que reconhecemos o sujeito...
Ao círculo, ganhou raio: os curiosos, informantes, comerciantes, miseráveis e os justiceiros.
Fora um estrondo, o homem subiu no marco zero, lisonjeado com a multidão...
- Tua heresia, jamais será perdoada por Jesus Cristo.
Os outros que gritavam, corriam em fila, aquele aquele:
- Aquele! Satanás.
perseguiam barulho!
Os cães ladravam, As árvores soavam os intervalos do badalar.
- Conhecem-se quando tristes? ou Alegres? Conhecem a palavra?
O homem, Ganchando, aproveitou e abriu a biblia, os cães cercaram-o;
latindo, com os olhos nos olhos do pregador.
III - Assembleia
Os Palhaços, entram no cenario:
Um incrivelmente triste, outro afoitamente alegre.
Correm envolto do setenciado, tropeçam;
Riem, e choram.
Simutaneamente:
Com a feição de tristeza
pareciam deboche,
ou insanidade.
O que chorava
com excesso de
alegria...
Os homens e os cães silenciavam, e criavam alvoroço a cada tropeço...
Ora levantavam rindo, outra corriam com os cães.
E por fim apontaram ... e o cão tomou da mão do homem, com os olhos desesperados:
Enfurecido, em nome de jesus,
Pernada, bica, com os punhos fechados e olhos feichando... girava os braços e pulava;
- O Dia do Juízo final víra para todos!
O juíz, que todas as noites. Alimentava a embriaguez.
- Desculpe, meu senhor!
Poderia informar-me quando será o dia do Senhor?
O palhaço triste ergueu a placa:
- "Pra que?'
- Sou Juíz, preciso estar alerta.
O outro palhaço, ameaçou qualquer fala, engasgou... tornou a placa
"pra que"?
- Sou autoridade nesta praça.
- desculpe senhor isto não é uma assembleia.
- Senhor, o que é uma assembleia?
- Mas e a voz da praça?
- Tu deves ter enlouquecido. Responde com outra questão?
O poeta largou sua camera.
- Então não fora só eu que ouvi a voz da praça?
Era óbvio e pouco rispido, como quem torna a realidade;
ergueram outra placa:
" pode crer! "
- A moça és uma artista.
- E tu contempl-a//dor//a-mente.
Separou com a entonação, todos os sentidos.
- Eu contemplador?
O juiz desatou a rir... e a multidão riu!
- é preposição tua falta de enredo? perguntou o poeta, refugando tuas questões.
o Juiz olhou ao redor, buscando fins pra suas respostas.
Roubou o olhar de alguns, que propunham toda sua desordem
- Quero que venham comigo,
o discípulo de jesus,
por desrespeito a arte.
Esta mulher, por andar nua.
E o senhor por desacato.
A multidão começava a dispersar,
o vento arrastava o cheiro de terra molhada,
o poeta convida a moça para atuar em um manifesto:
- temos que aprender mais sobre as leis, para acatar ordens!
O Juiz ergueu os olhos, com a sombrancelha:
- Quero que venham comigo!
o discipulo de jesus,
por desrespeito a arte.
Esta mulher, por andar nua.
E o senhor por desacato.
e repetiu a frase até que o setenciado despertasse e juntasse à dar voz a tuas causas.
documentário onírico, camelô de pínceis
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