Camena e a música



-Do que é feito a música?

                Escolha um Raio,
Antes de observar o trovão.
Conte a duração
E tua distância

A tempestade é a desordem para o caos
A pré-existência deste
São as possibilidades ocultas

O parque encheu
Os muros represaram água
O silêncio era a período entre as notas
Este que era aterrorizante
Quando as
          Dissonantes
 Finalmente,
  Chocavam

As Árvores submersas
Não tiraram o canto dos pássaros
Que apropriaram o divertimento à necessidade

Os rasantes sobre o lago
Eram boas vindas

Enquanto banha,
E Alimentam a sede...

A musíca: A terra e Horizonte.

II-
- Será que me ouvem?

- Para os pássaros?

- Estou dizendo a você!

- Mas vô, não entendo o que quer dizer, quando que este parque encheu?
- Hoje está cheio!

- Não sente os movimentos sob a pressão D’agua?
Não vê as rugas?

A neta começou  a chorar, não queria ficar velha e não admitia que matasse a vida, correu até a piscina que transbordava enquanto o avô contava a história.

- Vô, isto é agua!

Mergulhou. O sorriso assustou o velho que lembrou quando pulaste do viaduto com os mesmos dentes prontos a caírem
Em um impulso, largou a muleta:

Volte pra cá, Camena!

Mergulhou e puxou a moleque.
 Os olhos arregalados do velho
era o impulso reminiscente,
a ironia que relembrou
era com o sorriso da menina.

- Vamos já estamos molhados mesmo.
            Arremessou a bola que boiava solitária
- você nada muito bem, vamos jogar.
Ao mesmo que o velho lembrava, respondeu:

- Por isso estou vivo! e ofegante...

A entonação trouxe-os às gargalhadas

Os dois ficaram à brincar até que  os raios anunciantes o espantassem; voltaram pra casa cantando a distancia...

Com cada  trovoada, contavam, cantavam sentaram a rua e ficaram a anotar :

Este está a 3 km ao norte.  Este 1km ao leste.
- isto é avião
- imagina a turbulência.

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