O homem ou o cão
I- Barulhinho Angustiante
O Ruido levou
Ofegante alvo: Faz-faz-faz coceira,
outra ora levava
ruminando, depenando
o cão, compunha cravados pontos
que sangravam ao tocar a pele...
Espirava, e deitou-se, lambeu toda ardência que provocara.
O homem amassava papelada
O cão contorcia
descobria outro - pula-pula-faz-coceira-volta-e-meia- trocava-dentes
Ao raspar do lapis sobre a folha.
"Áspero expira
pelos ramperos
das turvas,
peles rompem-se.
Cão no mundo
cão mudo, surdura
Cão Bravo; choro falso
Caiu com tudo
Rachou com o charuto.
Tigela de calmantes...
Estava fugindo em silêncio do silêncio.
Tremia com o sereno.
Cão belo
era pleno-valente "
o homem pergunta
ao cão:
- grafite tem o som aspero?
Rosnou
roçou-se
à parede
O homem correu até o cão acariciou e prometeu cuidados.
O homem
dono
cão do
som
do
lápisS
amassar:
pulga
pula
faz coceira
faz...
Desde então o cão só atendia por grafite.
II - A rouquidão
Fora equalizada
Com tigelas;
Bons tons e latidos
sem direção
trouxeram rumo
para a cura
Do que angustiava e o cão.
III-
As janelas foram todas arrancadas,
o frio
aniquilava qualquer possibilidade
de estar preso no estático:
O Homem escolheu um disco, e ensinou o cão a montar passos
e ritmos
que não davam tempo ao coça-coça
Pula
mexe quadril
re pé
da
Parede à Escadaril
Cairam
Subiram
Olho por olho
Riram
E quando sentiu sede.
O dono :
- Proxima lição: antecipar a sede.
honomatópeia poética
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